Vender ou comprar um imóvel não é difícil, mas é complexo e, quando o processo é mal administrado, pode sair muito caro. Para quem investe no setor imobiliário, como uma visão de negócio, nem sempre os custos do processo poderão valer à pena, principalmente em caso de repasse ou aluguel. Além disso, há despesas obrigatórias, tanto na hora da compra, como da venda – como escritura, ITBI e registro –, e taxas adicionais cobradas em casos de imóveis comprados na planta. No final, tudo isso pesa no orçamento. Logo, é importante estar preparado para cada uma dessas despesas e fazer, com a ajuda de um assessor de investimentos imobiliários, uma projeção desses custos. Abaixo, vamos ver as principais despesas.
I - Despesas relacionadas à compra de um imóvel novo
a) Taxas para a compra de imóveis novos
Em muitos casos, algumas taxas podem ser incluídas em cláusulas contratuais. Por isso é preciso ter atenção porque nem sempre esses custos aparecem no documento de compra e venda.
b) Taxa de cessão de contrato
É também conhecida como taxa de repasse ou taxa de transferência. É cobrado pela incorporadora e pode custar entre 1% e 3,5% do valor do imóvel. É cobrada quando o primeiro comprador do imóvel revende antes de quitar o saldo devido à incorporadora.
c) Corretagem
É um valor que varia de estado para estado, conforme a orientação de cada Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). Em média a determinação é que o preço seja de 6% do valor do imóvel. É cobrado pela corretagem durante o fechamento do contrato de compra e venda.
II – Despesas relacionadas à compra de qualquer imóvel
a) Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
Custa até 3% do valor do imóvel, variando de município para município. Geralmente, a alíquota é de 2% e, é cobrado pela Prefeitura, que estipulam prazo para pagamento em guia a partir da data de escrituração.
b) Escritura pública
Varia de estado para estado e as tabelas de custos estão disponíveis no site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB). É cobrado pelo cartório, e, para quem financiou o imóvel pode ter esse valor acrescido ao financiamento.
c) Registro do imóvel
Também varia de estado para estado e tem como base o valor de venda do imóvel. As tabelas de custos estão disponíveis no site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB). É cobrado pelo cartório para registro da escritura.
d) Custo do financiamento
No caso de não poder financiar 100% do valor do imóvel, é importante poupar no valor da entrada e verificar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui outras taxas, como seguros e serviços.
III - Despesas relacionadas à venda de qualquer imóvel, novo ou usado:
a) IR sobre o ganho de capital
Custa 15% sobre o ganho de capital, podendo-se abater o custo do ITBI, dos juros do financiamento e das corretagens. É cobrado em qualquer venda de imóvel, desde que não se enquadre dentro das regras de isenção.
b) Corretagem
O percentual é negociável, embora o CRECI oriente um percentual de 6% do valor da venda. É cobrado pelo corretor na hora do fechamento do contrato de compra e venda.
c) Despesas com documentos
Vai lhe custar entre R$ 400,00 e R$ 500,00. São custos cobrados no fechamento do contrato, quando o vendedor precisa obter as certidões negativas de protesto, certidões de distribuidor dos tribunais locais, entre outros documentos.
Por isso, na hora de fazer o cálculo, é importante levar em conta esses custos e fazer uma projeção, acrescentando o provável valor que será gasto além do preço do imóvel. Faça isso com a ajuda de um assessor de investimentos imobiliários que conheça e entenda cada cobrança. Em muitos casos, essas despesas podem chegar a 3% do valor do imóvel. Pode parecer pouco, mas se você não estiver preparado, no final irá doer no bolso. Portanto, se planeje e evite sustos dessa natureza.